Incêndios criminosos, como o do Pico do Jaraguá, na capital paulista, são desafiadores aos combatentes do fogo

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Além de lidar com as mais complexas ocorrências, quem atua no combate a incêndios também precisa de resiliência para atender os casos de incêndios criminosos, que, infelizmente, são recorrentes.

Em abril, a atuação célere das equipes de combate ao fogo impediu que o incêndio que atingiu o Pico do Papagaio, localizado dentro do Parque Estadual Jaraguá, SP, consumisse mais do que os três hectares atingidos de área da Unidade de Conservação. Segundo informações, a área é equivalente a pouco mais de quatro campos de futebol e não atingiu a fauna do parque.

A Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado (Semil), é responsável pela Unidade de Conservação e mobilizou duas equipes do 2º Grupamento de Bombeiros, brigadistas do Parque Municipal do Anhanguera (da prefeitura de SP) e a Brigada Indígena do Jaraguá, que atuaram na ação, cuja logística envolveu dois caminhões-pipa, motobombas, mochilas costais e, por ser um local de mais difícil acesso, o uso de abafadores e vassouras de bruxa.

 

Estatísticas sobre incêndios criminosos

 

Como visto, se faz necessária uma mobilização no combate a tais incêndios criminosos. Em maio, na região de Paulínia, SP, um jovem, de 21 anos, foi preso por atear fogo em área de mata às margens de avenida do Parque Brasil. Segundo o g1, o suspeito chegou a ser detido por populares antes da chegada das equipes da Guarda Civil. “Em princípio, ele negou o crime ambiental, mas depois, na delegacia de plantão, confirmou ter colocado fogo na mata às margens da Avenida Prefeito José Lozano de Araújo. A Guarda Civil da cidade afirma que há imagens do circuito de monitoramento que flagraram o momento”, destaca matéria.

Segundo dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas publicado pela Semil, em 2023, mais de 90% das 158 ocorrências tiveram como causa ações humanas evitáveis. Já em 2024, das sete registradas até o momento, a maior parte também está relacionada ao uso irregular do fogo.

Fazendo uma listagem, entre janeiro e abril de 2023, informa a pasta, foram registrados 24 Autos de Infração Ambiental (AIA) por fogo ou uso irregular, como a queima de resíduos ou de vegetação sem autorização, e nove Autos de Infração, por fabricação, venda, transporte ou ato de soltar balões.

 

O problema dos balões

 

Com as proximidades das festividades juninas, aumenta-se também o número de balões que cortam os céus pelo país. Voltando a São Paulo, entre janeiro e abril deste ano, foram lavrados 57 AIA por uso irregular do fogo, sendo 13 notificações geradas por atividades com balões.

“O descuido humano ou a negligência são fatores que aumentam a probabilidade de ocorrências de eventos de fogo sem controle, sendo os balões um dos maiores vilões nesse período. Para contabilizar os dados dos autos de infração, a secretaria utiliza também um sistema onde é possível acessar as informações estatísticas das aplicações de multas por uso de fogo e pela queima causada pela soltura de balões no Estado”, alerta nota da Operação SP sem Fogo.

Vale lembrar que fabricar, vender, transportar e soltar balões também é crime previsto no artigo 42 da Lei Estadual 9.605/98, de crimes contra a flora.

Foto: Reprodução

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