Extintor: três dicas para um combate eficaz ao fogo
Quando o assunto é incêndio, a utilização do extintor para extinguir focos de fogo é um meio importante para a preservação de vida. Para isso, é preciso levar em consideração o modelo, de acordo com o risco de fogo, as manutenções periódicas e, principalmente, a capacitação de pessoal para o manuseio correto desse item.
Extintor em dia
Separamos três dicas fundamentais para que a utilização desse equipamento seja exitosa.
- Escolha do modelo
Waldir Pereira, consultor, especialista em equipamentos de combate a incêndio e em Normalização Técnica e membro atuante do Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio da Associação Brasileira de Normas Técnicas (CB-024/ABNT), em entrevista para INCÊNDIO (edição 502), os modelos portáteis são mandatórios para a proteção do ambiente.
Os modelos sobre rodas são complementares, e podem ser adquiridos dependendo da edificação e área de risco. É preciso considerar a capacidade extintora e se o local, caso acontece um incêndio, exija deslocamento célere, como produção e armazenamento de líquidos combustíveis inflamáveis, terminais marítimos, gás liquefeito de petróleo (GLP), fogos de artifício, helipontos e heliportos, subestações elétricas, áreas com materiais em alturas superiores a três metros de altura, por exemplo, seguindo as normas de instalação de acordo com o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios e Pânico (PPCIP).
Vale ressaltar que é preponderante a proteção dos extintores por meio de abrigos, para que não ocorram danos como a corrosão pela exposição solar ou chuvas. “Se não for tomada essa precaução, os equipamentos se deteriorarão num curto espaço de tempo. Além da corrosão do cilindro, pode ser corroída também os componentes das válvulas de descarga, inviabilizando a operação e impedindo o funcionamento, bem como fissuras nas mangueiras de descarga e descoloração do mostrador dos indicadores de pressão, dificultando a legibilidade”, alerta.
- Obrigatoriedade da inspeção
Essa palavra é importante no vocabulário de quem lida com extintores. Segundo a Norma Brasileira (NBR) 12962, a inspeção técnica obrigatória é feita em três níveis, sendo a manutenção Nível 1, que é mensal e engloba verificar a limpeza e se o equipamento está com carga baixa, rompimento do lacre ou substituição de componente visível e externo.
Já o Nível 2 é anual e precisa ser acompanhada por uma empresa especializada, para conferir se todos os itens do extintor são em pleno funcionamento. Por fim, o Nível 3 é realizada a cada cinco anos e requer testes mais aprofundados, como vazamentos e resistência e é obrigatório a pintura no cilindro.
“Os extintores podem sim salvar vidas, mas é necessário que estejam 100% eficazes e com essas manutenções em dia. Não pode ter violação dos lacres, nenhuma alteração na válvula e é fundamental que as pessoas tenham noções básicas de como se deve utilizá-los.É preciso também se certificar da idoneidade da empresa a ser contratada para executar a manutenção dos extintores, se é certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia(Inmetro)”, arremata Odalea Carone, CEO da Brasas Extintores e Equipamentos de Prevenção e Combate a Incêndio, ao site ES 360.
- A capacitação de pessoas
Como foi dito, o treinamento é um ponto de extrema importância para o bom êxito dessas ocorrências, em especial até a chegada dos bombeiros, que fará o resgate e rescaldo. Aliás, as empresas podem contar com o Corpo de Bombeiros para uma dinâmica com funcionários de uma companhia, por exemplo.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina realizou em outubro o treinamento de 60 colaboradores de uma indústria de plásticos no município de Orleans, ministrado pelo Cabo Mauro, Soldado Reis e Bombeiro Comunitário Castilho.
A pedido da empresa, os bombeiros repassaram aos participantes conteúdo teórico e técnicas de manuseio de extintor portátil. Com o conhecimento adquirido, os funcionários não apenas usarão no ambiente laboral, mas também estarão capacitados em situações externas.
Foto: Divulgação CBMSC