É comum encontrarmos na internet vídeos de incêndios provocados pelos aparelhos celulares, sejam porque estavam sendo recarregados em extensão com vários outros equipamentos, ficaram em superfícies com forte incidência de calor (painel do carro) ou propagação de chamas (colchão, sofá, travesseiros), sejam ainda por terem baterias e cabos de má qualidade, ocasionando tal transtorno.
É crucial utilizar apenas fontes, baterias e cabos originais,recomenda o Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú, SC, que em abril atendeu uma ocorrência de um celular que explodiu enquanto carregava sobre a cama e causou um incêndio no apartamento da região. Segundo o g1, a vítima, uma mulher de 63 anos, não se feriu.
Sinais dos celulares
Os especialistas destacam que os celulares pode apresentar alguns sinais de antemão, indicando que algo pode vir a acontecer por causa da alta temperatura empregada no mesmo. Deve-se levar à uma assistência técnica imediatamente quando o aparelho estiver muito quente ao toque ou mesmo cheirando a queimado, em especial durante o carregamento; ou ainda a parte de trás estiver estufada, saindo algum líquido, estalando, indicando avarias na bateria.
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, ao Tectudo, explica ainda que é preciso usar apenas carregadores e baterias originais, seguindo sempre as indicações do fabricante. Também deve-se tomar cuidado caso haja inalação de gases tóxicos que são liberados durante a combustão, por serem nocivos à saúde.
“Se o dispositivo estiver conectado à tomada e houve o princípio de incêndio, nunca jogue água. Essa ação pode levar a choque elétrico e a forma correta de intervir com segurança é fazer o desligamento da rede elétrica da edificação. O extintor de incêndio é um aliado e pode ser usado para apagar as chamas”, informa a corporação.
Explosões
Muito embora sejam raras, a explosão ou mesmo combustão do celular pode estar associada a bateria. Feita de lítio, também comum em motos elétricas, a bateria pode ocasionar esse problema caso esteja desgastada, foi mal fabricada ou mesmo teve mau uso, causando o superaquecimento, derretimento ou estufamento.
O bombeiro civil Luan Cruz, ao Band Vale, também recomenda baterias originais e que os consumidores verifiquem se a mesma é homologada. “É preciso que tenha certificação de âmbito nacional para que seja reconhecida que passou por testes. Também é preciso verificar o local onde essa bateria está sendo recarregada. Por exemplo, se for dentro de uma residência, temos áreas com mais cargas de energia sendo transmitidas”, esclarece.
Dicas
Ressalta-se que há situações comuns podem levar ao aquecimento do aparelho, como chamadas de vídeo, Wi-Fi, GPS, alguns aplicativos de jogos, lanterna, Bluetooth ou mesmo quando a bateria está próxima de descarregar.
Outra dica é não usar o aparelho durante o carregamento e também tirar a capa protetora nesse período. “A capinha de celular não atua diretamente no processamento do dispositivo, mas em alguns casos agrava o aquecimento. Tirá-la pode ajudar a manter o smartphone em temperaturas mais controladas. Além disso, a compra de acessórios de baixa qualidade pode agravar o problema, ou seja, o ideal é investir em capinhas feitas com bons materiais”, indica reportagem do Canaltech.
Foto:Thichaa/Shutterstock
