Combate a incêndios é também essencial no transporte por trilhos

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Por dia, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô transportam 7,8 milhões de passageiros na Região Metropolitana da capital paulista. Além dessas pessoas, há a presença de condutores, funcionários, profissionais terceirizados e passantes. Ainda em números, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 75% dos passageiros de trens e metrôs do Brasil são transportados pela malha metroferroviária paulista. Isso indica que o transporte por trilhos é essencial para muitos dos cidadãos brasileiros.

São vidas que precisam ser salvaguardadas e é de extrema importância a presença de brigadistas de combate a incêndios, os Autos de Vistorias (AVCB) e outros trâmites para tal objetivo.

 

Proteção sobre os trilhos

 

No final de 2023, a CPTM publicou licitação para prestação de serviços de revitalização do sistema de detecção e combate a incêndios para estações das linhas 10-Turquesa e 11-Coral, para obtenção do AVCB. Segundo informações do site Metrô CPTM, serão contempladas a estação Guapituba da Linha 10-Turquesa e as estações Jundiapeba, Braz Cubas e Estudantes da Linha 11-Coral.

Investimentos em capacitação, mão de obra, equipamentos, infraestrutura e suporte do Corpo de Bombeiros é a fórmula para que todas as ocorrências sejam sanadas ou mesmo mitigadas em prol do bem-estar de todos que circulam nessas edificações e tipos de transporte.

 

Simulações

 

As estações são palco de simulados em que são colocadas em prática as táticas aprendidas no atendimento de vítimas.  Em dezembro último, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade das linhas 4-Amarela e 9-Esmeralda, realizaram um treinamento de combate a incêndio na estação Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, com a participação de 60 profissionais da área operacional e da segurança.Segundo informações da concessionária, a simulação envolve o disparo de alarmes de incêndio e emissão de fumaça, cabendo a cada profissional tomar uma ação diferente como se no momento a estação estivesse aberta e cheia de pessoas.

Em 2016, outra simulação mobilizou 300 pessoas na estação Butantã do Metrô, com a presença do Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Estado, cujo exercício teve participação de 100 figurantes se passando por vítimas, alguns deles com maquiagem que se assemelhava a ferimentos. “A finalidade é promovermos a coordenação, a integração, entre todos os órgãos, todas as entidades que podem estar envolvidas precisam ser acionadas com agilidade no caso de um acidente de maiores proporções”, disse à época ao g1, Harald Zwetkoff, presidente da concessionária ViaQuatro.

Já na Bahia, em novembro, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) aplicou um exercício do Curso de Operações em Emergências com Produtos Perigosos (Coepp), no metrô de Salvador, com simulação de sequestros, explosões, muita fumaça e pessoas feridas. Também participaram o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar da Bahia (PMBA), com ações táticas, desativando artefato explosivo.

“O simulado auxilia a intervir de forma mais assertiva em ocorrências com produtos perigosos. Compreender essa ocorrência afeta não só a nossa resposta, como também a integração com outras forças. Fomos treinados nos mais diversos cenários e a prática colocada várias vezes à prova, com a correção, visa atingir a perfeição”, salienta o tenente Francisco Oliveira, do 4º BBM, de Itabuna, ao BNews.

No Distrito Federal, em 2022, 13º Grupamento de Bombeiro Militar/Guará I realizou um simulado de combate a incêndio, salvamento, atendimento pré-hospitalar e evacuação na Estação Feira do Metrô-DF.

O efetivo foi composto por 15 militares e três viaturas, entre elas, uma unidade de resgate, uma auto-bomba e uma viatura de salvamento. Ao local, o incêndio em um dos carros da linha metroviária e com oito vítimas em diversos níveis de urgência de atendimento. “Possíveis ocorrências que envolvam as unidades do Metrô-DFtêm complexidade, haja vista o quantitativo de usuários desse transporte e as especificidades técnicas que envolvem esse tipo de atividade. Com o simulado, houve a interação de órgãos distritais, permitindo atuar cada um dentro de suas atribuições legais e de forma conjunta, garantindo a segurança da sociedade”, informa nota do CBMDF.

Nos exemplos citados, as atividades foram realizadas no período da madrugada para não afetar a circulação no horário de atendimento à população que utiliza do transporte.

 

Ocorrência

 

Também no Distrito Federal, em janeiro, um caso real paralisou a circulação do Metrô: um passageiro percebeu um princípio de fumaça dentro de um vagão, acionando o botão de emergência. “O caso ocorreu entre as estações Guará e Arniqueiras, sentido Samambaia. O piloto do trem, comunicado dentro da cabine sobre o ocorrido, decidiu desembarcar todos os passageiros, evitando assim uma tragédia, tendo em vista que o trem pegou fogo minutos depois”, informa reportagem do Correio Braziliense.

De acordo com o Corpo de Bombeiros local, nove viaturas atenderam ao chamado, e esperaram o desligamento da energia dos trilhos para apagar o incêndio, com espuma química. A diretoria do Metrô-DF anunciou uma investigação interna a fim de compreender o que motivou o caso, informa o jornal.

 

Foto: Keli Vasconcelos

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