Os incêndios e a seca nas regiões do Pantanal estão mobilizando bombeiros e autoridades para tomada de medidas preventivas e combate célere das chamas. Em números, mais de 802 mil hectares foram queimados de janeiro a julho de 2024, um aumento crítico ante 2023, quando 32 mil hectares foram destruídos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Para tanto, oCorpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), por meio de ações desenvolvidas pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) na Operação Pantanal 2025, está intensificando suas ações, como a formação de brigadas e avaliação de áreas para instalação das bases avançadas no bioma, inclusive com monitoramento de focos de calor, em parceria com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
A primeira brigada instalada é da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), do Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas (Nefau), em uma fazenda particular, indicada pelo núcleo, em Corumbá. “Em paralelo ao trabalho preventivo – com orientação e educação ambiental –, também serão instaladas bases avançadas, de combate aos incêndios florestais, na região pantaneira, para facilitar o deslocamento das equipes e a resposta no controle das chamas, especialmente em áreas de difícil acesso”, endossa o comunicado.
Ações de governos
O governo sul-mato-grossense e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançaram no final de março o programa Pacto Pantanal. A iniciativa busca articular esforços de prevenção e enfrentamento, o que abrange investimentos em infraestrutura, promoção de comunidades resilientes, coibição de atos ilícitos e ações de educação ambiental.
“O Mato Grosso do Sul assumiu essa responsabilidade pois toda a sociedade tem interesse nos assuntos relacionados ao Pantanal. Podemos construir uma história de êxito ao Pantanal e aos pantaneiros. Temos que zelar pelo ativo que é nosso e deixar de lado as discussões infrutíferas”, frisa Eduardo Riedel, governador do MS.
Foto: CBMMS
