De trotes a fraudes, bombeiros precisam também lidar com essas ocorrências criminosas

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Todos nós já recebemos notícias falsas ou ligações suspeitas e, consequentemente, com esses tipos de trotes, já tivemos uma dor de cabeça. Imagine no caso do Corpo de Bombeiros, que além de deslocar guarnições desnecessariamente, também tira a oportunidade de outra pessoa ser efetivamente salva.

Para piorar, criminosos se passam por bombeiros para extorquir vítimas, como ocorreu recentemente em Goiás. A Polícia Militar em Catalão prendeu três homens, após denúncia anônima, que enganavam a população na oferta de cursos falsos de Bombeiro Civil. Em nota, o Corpo de Bombeiros reforçou a necessidade de “verificar a autenticidade de instituições que oferecem formações profissionais, especialmente em áreas sensíveis como segurança”.

 

Trotes são crimes

 

As ligações falsas, além de atrapalhar os serviços que prezam pela saúde e segurança pública, podem ser consideradas crime, conforme salienta Guilherme Silva Araújo, advogado, endossando que quem faz uma falsa comunicação de crime pode sofrer punições previstas no artigo 340 do Código Penal.

Se o caso for além e um inquérito policial para apurar a suposta ocorrência for instaurado, a pessoa responde também pela situação prevista no artigo 339.“Passar trote não é uma conduta prevista de forma específica no código penal, mas a depender da intenção do agente que passa o trote, do conteúdo da ligação e das consequências dela, poderá ser enquadrada em algum dos crimes previstos nele”, explica Araújo, ao g1.

No Distrito Federal, todas as ligações a polícia e bombeiros têm origem identificada e caso seja detectado e confirmado o trote, a pessoa acusada pode receber multa de até R$ 4 mil, conforme o Decreto Distrital nº 44.427/2023. “O atendimento pelo número 193 é destinado prioritariamente à emergências e urgências. Denúncias, reclamações, elogios e outras demandas não emergenciais podem ser feitas por meio dos canais de Ouvidoria dos Bombeiros e do Governo do Distrito Federal (GDF)”, pontua o tenente-coronel Igor Muniz, do CBMDF, à Agência Brasília.

Já em São Paulo, somente na região do no Alto Tietê, nos últimos cinco anos, o Corpo de Bombeiros recebeu mais de 365 mil trotes.“Reiteremos que esse tipo de brincadeira é de mau gosto, principalmente porque coloca em risco outras vidas, daquelas pessoas que realmente necessitam desse serviço essencial que é do Corpo de Bombeiros”, frisa, também ao g1, a tenente Ruti Camilo, Corpo de Bombeiros de Mogi das Cruzes.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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