Tenente Fernanda Reck torna-se a primeira bombeira militar piloto de avião multimotor de Santa Catarina
Para lembrarmos da relevância que é o 1º de Maio, Dia da Trabalhadora e do Trabalhador, contamos a história de primeira-tenente Fernanda Corrêa Reck, do Batalhão de Itajaí, a primeira oficial bombeira militar do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), habilitada como piloto de avião Carajá, multimotor.
Primeira bombeira pilota de avião multimotor
A tenente Reck atua há uma década no CBMSC e o processo de formação começou em abril de 2022, como piloto privado (PP) particular e para depois pilotar um multimotor. Em 2023,realizou mais uma qualificação sob instrução dos capitães Fábio Fraga e Álvaro Luiz Bilher Júnior, ambos do Batalhão de Operações Aéreas (BOA). “Minha dificuldade principal foi conciliar as idas para Florianópolis, para fazer as horas de voo, com o trabalho e a rotina em outra cidade que não podem parar. Já em relação à aeronave, foi a adaptação à aeronave multimotor, que requer mais ações e mais precisão do que o monomotor da escola em que me formei”, explica ao NSC Total.
O BOA, em parceria com o SAMU, a Secretaria de Estado da Saúde e com a SC Transplantes, faz transportes aeromédicos, levando órgãos, vacinas, equipes de apoio, entre outras demandas. Iniciou suas atividades primeiramente com helicópteros e quatro anos depois é que as ocorrências com aviões foram sendo realizadas.
Incentivo
Fernanda Reck arremata que com apoio da família e amigos segue galgando seu progresso nos cursos e treinamentos, concluindo a fase inicial para os voos das aeronaves Asa Fixa. “Desejo evoluir e me aperfeiçoar nos estudos para continuar contribuindo na atividade e nas escalas do BOA”, destaca, ao Jornal Edição Digital.
Para a tenente, estar nessa função atualmente é sinal que outras mulheres outrora seguiram o mesmo caminho da aviação, mantendo o foco e dedicação para alcançar esse objetivo, já que a trilha é árdua, e ao mesmo tempo gratificante: “Hoje estou nessa posição de ser a primeira mulher a pilotar um avião de uma Unidade Aérea Pública (UAP) militar de Santa Catarina, área tipicamente masculina, porque há muitos anos outras mulheres foram abrindo os caminhos e conquistando espaços para que chegássemos até aqui”, finaliza.
Foto: soldado Eduardo de Souza/CBMSC