Mês da Mulher: Corpo de Bombeiros realiza 2° encontro de Bombeiras do Acre
Nos dias 17 e 18 de março, o Corpo de Bombeiros Militar do Acre realizou, no Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco, o Segundo Encontro Estadual de Bombeiros Femininas. A programação teve palestras com assuntos voltados ao autocuidado e fortalecimento profissional, além de sorteios, premiações, aulas de dança e competições, entre outras outras atividades, em promoção alusiva ao Mês da Mulher.
“Nosso objetivo foi promover atividades que trazem interação e troca de experiências, produzem conhecimento e contribuem para o desenvolvimento das militares na corporação. Além de flores e celebrações, é necessária a valorização e o reconhecimento”, destacou o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, Charles Santos.
Em um ambiente que antes era predominantemente masculino, conhecido pelas características da severidade, as bombeiras chegaram à corporação em 2007, trazendo novas perspectivas às funções militares, agregando valor e iniciando um tempo de maior equidade, isonomia e democracia.
Diferencial feminino
“A instituição passou por várias mudanças, desde a adaptação dos batalhões, à uniformização e à luta pelo espaço em pé de igualdade. Hoje, todas as bombeiras exercem as mesmas funções e desempenham os mesmos papéis [que os homens]. Temos mulheres desde motoristas de caminhão à comandantes de batalhões, provando que somos perfeitamente capazes de exercer qualquer profissão”, explicou uma das organizadoras do evento, tenente Mirla Santos.
A oficial riobranquense Marcela Sopchaki foi a primeira mulher a comandar um batalhão na história do Corpo de Bombeiros do Acre, em 2019. Ela entrou na corporação há 15 anos, no primeiro concurso com vagas destinadas a mulheres, na época apenas 13. Não chegou com muitas pretensões, encontrou obstáculos por exercer uma profissão tida como masculina, mas superou, mostrando dedicação.
“Entrei como soldado, depois fiz o curso para oficial e, quando aspirante ainda, me outorgaram a missão de comandar o 8° Batalhão, em Xapuri. Foi uma incrível experiência. Encontrei um pouco de resistência, não por parte de colegas militares, mas da própria população, que não era habituada a ver uma mulher comandando um batalhão. Foram dois anos de muita experiência e aprendizado”, relata Marcela.