A Cinemateca Brasileira, maior acervo audiovisual da América do Sul, retoma, gradualmente, as atividades em sua sede oficial, localizada na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. A Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC), organização da Sociedade Civil de Interesse Público, escolhida pelo Governo Federal para gerir a Cinemateca pelos próximos cinco anos, será a responsável por esse processo de reabertura.
Por falta de um laudo definitivo sobre as causas e consequências do incêndio, a SAC ainda não possui autorização para acessar o local e observar os danos materiais presentes no edifício, por isso, a programação com a presença do público só deve acontecer no primeiro semestre de 2022.
De acordo com Maria Dora Mourão, diretora executiva da SAC, em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, agora será necessário verificar todos os arquivos, inclusive aqueles que estão na grande geladeira climatizada, para verificar sua integridade, já que não houve o controle correto da climatização.
Após um ano e meio sem a presença de técnicos especializados para monitorar o acervo, a entrada para mexer nos materiais só será permitida com a conclusão do laudo e a autorização da Defesa Civil. Depois disso, a instituição responsável pela retomada planeja mover todo o material danificado para o prédio da sede oficial da Cinemateca.
Para essa etapa foram contratados 18 funcionários, que irão lidar com a área de documentação e os laboratórios de preservação. Entretanto, “Nós não podemos neste momento contratar gente nova, porque até as pessoas entenderem [o funcionamento da Cinemateca] vai demorar, e nós não temos esse tempo”, avalia a diretora.
(Fonte: Folha de S.Paulo)