Força-tarefa supranacional e cooperação internacional potencializam segurança em situações de crise

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Já falamos aqui em Incêndio da importância da troca de informações, experiências e ideias entre as corporações do Brasil com diversos países, cujo objetivo principal de enriquecer e tornar as táticas e operações ainda mais céleres e eficientes. Parcerias em prol de ações que envolvem força-tarefa e cooperação, por exemplo reforçam a importância da ajuda mútua entre nações.

E essas atividades em regiões fronteiriças são ainda mais pertinentes. Em 1996 foi assinado o Acordo de Cooperação Franco-Brasileiro, pelos então presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e Jacques Chirac, da França, e desde então formou-se a Comissão Mista Transfronteiriça Brasil-França (CMT) para promover a integração de políticas públicas entre os dois países.

 

Força-tarefa

 

Um dos elos principais está o estado do Amapá e a Guiana Francesa e em si tratando de Segurança, as duas regiões já realizaram resgates, treinamentos e acordos técnicos de cooperação. Em junho, Militares do Corpo de Bombeiros do Amapá e do Grupo Tático Aéreo (GTA) participaram de um curso de direção de drones ministrado por bombeiros da Guiana Francesa para aprimorar o uso desse equipamento em serviços de emergência.

Decolagem, elevação, translação, termografia, fotogrametria, telemetria e Iluminação foram algumas das práticas durante o curso. “Os guianeses trazem o conhecimento deles e nós levamos até a Guiana o nosso, ensinando técnicas de salvamento veicular. No curso, eles trouxeram novidades sobre esses veículos aéreos. É um momento de aprendizagem que será repassado pelos dez bombeiros participantes aos demais”, conta Jucivaldo Ladislau, chefe de Relações Internacionais do Corpo de Bombeiros do Amapá.

 

Entre estados e países

 

Por conta dos desastres ambientais recentes que assolaram o Rio Grande do Sul, uma rede tática entre corporações no Brasil proporcionou a exitosa realização das ocorrências. Segundo informações do governo do RS, a força-tarefa supranacional, composta por 3 mil servidores e uma frota de mais de 1.400 veículos foi decisiva para os mais de oito mil resgates realizados desde as primeiras enchentes, em maio.

Militares dos estados de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Mato Grosso participaram das missões. “A chegada de apoio de outros estados, que tem sido fundamental na ampliação dos resgates, mostra a integração na segurança pública que se tem hoje no país”, destaca Sandro Caron, secretário da Segurança Pública do RS.

Com divisa com a Argentina e o Uruguai, o Rio Grande do Sul recebeu da Força Aérea uruguaiao envio de um helicóptero Airbus AS365 Dauphin, de última geração, equipado com dispositivos de busca e salvamento, capaz de transportar até seis tripulantes e oito passageiros comvelocidade máxima de 420 quilômetros por hora.

O governo argentino, por sua vez, autorizou os Capacetes Brancos, encarregados de projetar e implementar a assistência humanitária internacional, colaborassem com o Rio Grande do Sul “no resgate de pessoas, logística e gestão de abrigos”, informa o site Poder360.

 

Cooperação entre estados

 

Já entre estados, essa expertise é comumente feita. No Paraná, uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná foi em junho ao Acre para ministrar um curso de ocorrências em silos.Os 100 militares, incluindo praças e oficiais acreanos, aprenderam a identificar locais que ofereçam risco de incêndios, explosões e acidentes envolvendo os trabalhadores de silos, em especial no que se refere ao engolfamento, ou seja, quando alguém “afunda” em meio aos grãos.

O CBMPR tem um trabalho pioneiro na pesquisa e aperfeiçoamento das normas de segurança em silos, explica o major Luís Eduardo Zarpellon, que liderou a missão. “As aulas práticas ocorreram em uma unidade de grãos real, onde foram feitas simulações envolvendo os incêndios em secadores, a parte de resgate, o reconhecimento das unidades e a parte de acessos forçados nos equipamentos, com ferramentas de corte específicas”, conclui.

 

Foto: Aog Rocha/GEA

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