Força e determinação das mulheres bombeiras moldam histórias inspiradoras
Presente em muitas profissões, as mulheres se destacam em áreas que outrora eram ocupadas somente por homens, e o Corpo de Bombeiros é uma delas. É também um assunto recorrente aqui em Incêndio, abordando e evidenciando a importância dessas profissionais, sejam bombeiras militares, sejam bombeiras civis, nas ocorrências, na participação de treinamentos e também capacitando outras mulheres para o objetivo principal: salvar vidas.
Em Minas Gerais, tomou posse recentemente a coronel Jordana de Oliveira Filgueiras Daldegan, como a primeira mulher comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBMMG); e em 113 anos de corporação, o CBMMG recebe desde 1993 o ingresso de mulheres nas atividades.
“O desafio é enorme, a responsabilidade é muito grande. As expectativas não são só minhas, eu sei que represento expectativas de mulheres que vão muito além da minha corporação. Já estou vivendo isso desde o momento que foi anunciado, o quanto a representatividade nos fortalece enquanto mulheres”, comenta a militar, ao g1, endossando que o processo de seleção é bastante criterioso, já que os coronéis elegíveis passam por uma avaliação do governador, para que ao final seja selecionado um representante que cumpra aos requisitos necessários.
Celebração pelas bombeiras
Já em Goiás, a presença feminina no Corpo de Bombeiros Militar do estado (CBMGO) completou 25 anos e foi celebrada em uma solenidade, reunindo mulheres militares da turma pioneira, destacando o impacto positivo da diversidade de gênero na corporação.
O coronel Washington Luiz Vaz Júnior, comandante-geral da corporação, as homenageou pelo papel fundamental na evolução da instituição.“Reconhecemos a coragem, competência e o legado inspirador das mulheres militares para as novas gerações. E celebrar esses 25 anos é reconhecer o valor de cada mulher que vestiu e veste a farda do CBMGO, enfrentando desafios e superando limites com bravura e profissionalismo”, afirma o comandante-geral.
Em fevereiro de 2000 foi instituída a presença de mulheres bombeiras no estado. À época, o concurso público ofereceu 60 vagas com 690 candidatas, sendo os exames de avaliação intelectual aprovaram 125 mulheres. Dessas, apenas 50 obtiveram média e passaram nas seleções médicas e de condicionamento físico para ingressar no Curso de Formação de Soldados.
Licença-maternidade
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou em dezembro último a proposta que assegura as mulheres militares estaduais e do Distrito Federal a ampliação da licença-maternidade para 180 dias e a criação da licença-paternidade de 40 dias, sem alteração salarial, além de a licença remunerada se estender em casos de adoção ou obtenção da guarda judicial de criança, que será de 120 dias para crianças de até um ano, e de 60 dias para crianças maiores de um ano.
“Dadas as particularidades das carreiras dos militares, como longas escalas de trabalho, por vezes em período noturno, é absolutamente justo e viável assegurar essas licenças como garantias também aos policiais estaduais e do Distrito Federal”, comenta, à Agência Câmara de Notícias, o relator do projeto de lei, o deputado Capitão Alden (PL-BA).
A proposta também inclui que a militar gestante tem direito a ser deslocada para uma unidade de trabalho perto de sua residência e que as lactantes tenham um momento de descanso diário e de amamentação.
O texto segue sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e para virar lei, precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Foto: CBMMG