Estados se mobilizam no combate a incêndios urbanos

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Noticiamos recentemente aqui em Incêndio que houve um aumento expressivo de notícias sobre essa ocorrência no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto Sprinkler Brasil: em torno de 2 mil ocorrências de incêndios estruturais, incluindo os urbanos, nos dez primeiros meses de 2024, alta de 10,1% ante o mesmo período de 2023 (1.817 notícias).

Isso leva a necessidade de mais treinamento, capacitação e investimento de equipamentos aos bombeiros, que precisam estar cada vez mais preparados para esse desafio. Em Tocantins, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMTO) realizou curso de instrutor flashover (ignição repentina de material combustível), destinado a oficiais e praças das unidades de Palmas, Araguaína, Gurupi, Guaraí, Dianópolis e Araguatins.

“O curso capacitou 19 alunos a serem instrutores de combate a incêndios urbanos, tornando-se multiplicadores de técnicas de combate por meio do método ofensivo. Esse método permite adentrar edificações em chamas utilizando o mínimo de água possível, preservando vidas”, explica o tenente-coronel Benvindo Filho Pinto de Queiroz, coordenador do curso.

Instruções teóricas sobre o comportamento do fogo e a adaptação ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e respiratória, além de práticas em incêndios em edifícios verticais e no simulador de desenvolvimento de incêndio em contêiner são algumas das temáticas abordadas nos cursos.

 

Treinamento e prática para combater incêndios urbanos

 

Em Santa Catarina, o CBMSC realizou um treinamento de combate a incêndios urbanos na região do Planalto Norte catarinense, realizado no 2º Pelotão de Bombeiros Militar de Rio Negrinho. Além do município, 21 bombeiros militares e comunitários das cidades de Porto União, Canoinhas, Três Barras, Mafra e São Bento do Sul participaram.

Os alunos puderam praticar em um simulador tático de incêndio na cidade de Benedito Novo (SC), passando por atividades de busca e resgate e progressão dentro de um incêndio urbano. “o treinamento é fundamental para a reciclagem do aprendizado, bem como colocar em prática os conhecimentos para o atendimento de ocorrências que não são tão rotineiras, mantendo sempre os bombeiros em prontidão e capacitados para atender quaisquer tipos de ocorrências”, comenta o primeiro tenente João Ricardo, coordenador da Atividade de Ensino.

Já no Distrito Federal, o CBMDF promoveu em novembro o 1º workshop de incêndio urbano, ações iniciais, tipos de jatos e descontaminação, com transmissão pelo YouTube de algumas palestras, que incluiu temas como descontaminação de EPIs, tipos de jatos e aplicações em incêndios e intervenções em atmosferas.

No Piauí, o Comando Geral do Corpo de Bombeiros do Estado (CBMEPI) realizou o Treinamento de Prontidão, em Teresina, e envolve militares do 1º, 2º e 3º Grupamentos da corporação, sendo fundamental a prática constante. “Esses treinamentos são essenciais. A teoria que aprendemos em sala de aula só ganha vida com as práticas. Quando saímos daqui direto para uma ocorrência, sentimos mais confiança para agir com eficiência e segurança”, afirma o soldado Alielson, um dos participantes da capacitação.

 

Laboratório de perícia

 

Também entender como a propagação do fogo ocorre, os danos estruturais causados e maneiras de mitigar tais situações também são pertinentes no trabalho do bombeiro. Recentemente, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), por meio da Diretoria de Atividades Técnicas e da Academia de Bombeiros Militar, em uma parceria com a DVG Sical, empresa do setor construtivo, lançou o Laboratório de Perícia e Combate a Incêndio, no Centro de Treinamento Profissional (CTP).

O espaço, localizado na cidade de Contagem,tem como foco o desenvolvimento acadêmico e prático das atividades de combate e investigação de incêndios em edificações. De acordo com a corporação, o laboratório adaptado para exercícios com fogo, sendo as portas e janelas feitas em metal, em uma área aproximada de 58 m², cuja estrutura em alvenaria autoportante e cômodos, possuem dimensões próximas a de uma residência padrão, o que facilita o treinamento dos militares.

“As características da construção ajudam no desenvolvimento da investigação de incêndios urbanos no estado, oferecendo condições para que peritos e inspetores possam criar e reproduzir sinistros reais, aplicando as metodologias necessárias à evolução da legislação de segurança contra incêndio e pânico”, informa nota.

Foto: Corpo de Bombeiros/Governo do Tocantins

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