Acre alinha estratégias com governo federal e Pnud para mitigar incêndios florestais
Uma pesquisa divulgada pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (Labgama), da Universidade Federal do Acre (Ufac), mostrou que incêndios florestais impactaram ao menos oito mil hectares de mata, apenas na região leste do estado, até setembro de 2024.
Outros 10 mil hectares foram registrados por imagens de satélite no município amazonense de Boca do Acre: “Com isso, a região da tríplice divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro) concentra uma das maiores áreas em ocorrência de incêndios florestais da Amazônia”, informou reportagem do Brasil de Fato.
Para alinhar estratégias, recentemente, técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do estado (Sema) estiveram reunidos com representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em Rio Branco.
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Entre as estratégias, foram discutidas as ações do Programa União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais e do Projeto Floresta +, iniciativa federal que destina investimentos ao desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento e incêndios florestais.
“Tivemos a oportunidade de entender como o programa atuará no território acreano. Os municípios prioritários receberão esses recursos federais para ampliar o atendimento, e, em parceria, realizaremos análises de regularização ambiental, utilizando o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e o escritório do Cadastro Ambiental Rural para uma atuação mais eficiente nesse processo”,diz Leonardo Carvalho, secretário de Meio Ambiente do Acre.
“O Projeto Floresta + tem como objetivo apoiar os produtores rurais que mantêm a floresta em pé. Queremos valorizar quem conserva o meio ambiente e também dar condições para que os municípios se desenvolvam de forma mais sustentável, com segurança jurídica sobre o uso da terra”, salienta Nazaré Soares,coordenadora-geral da Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Territorial do MMA, presente na reunião.
Foto: Emanoel Farias/Sema