Brasil registra aumento alarmante de incêndios estruturais em agosto, revela Instituto Sprinkler Brasil

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As notícias de incêndios estruturais atingiram marcas históricas em agosto. É o que revela o levantamento do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País. Por meio do monitoramento diário de notícias de incêndios no Brasil, realizado pelo ISB desde 2017, foram capturadas 234 ocorrências de incêndios estruturais no oitavo mês deste ano. É o maior volume coletado em 2024, superando o mês de julho, quando foram registradas 218 notícias. Na série histórica acompanhada pelo Instituto, agosto de 2024 se tornou o segundo mês com maior número de reportagens registradas, ficando atrás apenas de agosto de 2021, quando foram contabilizados 247 registros.

Os números representam crescimento em comparação com o mesmo mês de 2023 (164 ocorrências) e também em relação ao mesmo período de 2022, quando foram capturadas 158 reportagens.  “Esse dado revela uma alta nos registros de incêndio no Brasil. O monitoramento diário de notícias feito pelo ISB segue sendo o único meio para estimarmos como está a questão de incêndios no Brasil, uma vez que as estatísticas de ocorrências coletadas pelos corpos de bombeiros estaduais não são divulgadas”, diz Marcelo Lima, consultor do ISB.

 

Incêndios estruturais

 

Os sinistros contabilizados são chamados de “incêndios estruturais”, ou seja, aqueles que poderiam ter sido contornados com a instalação de sprinklers e ocorreram em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros. O ISB não inclui nas estatísticas os incêndios residenciais, que apesar de também serem incêndios estruturais, não são objeto de acompanhamento porque a legislação de segurança contra incêndio não se aplica a residências unifamiliares, onde acontece o maior número de ocorrências.

“Reforçamos o pedido aos corpos de bombeiros para que publiquem os dados de ocorrências a fim de que pesquisadores, profissionais do setor, imprensa e a sociedade em geral consigam entender a real dimensão dos incêndios no país”, finaliza Lima.

 

Uso de sprinklers ainda é tímido

 

Em pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos junto a empresas multinacionais e de capital nacional com mais de 250 funcionários a pedido do ISB, revelou que o grau de adoção de sprinklers nas empresas é baixo. Apenas 36% das 300 companhias entrevistadas pelo Ipsos disseram contar com sistemas deste tipo em suas instalações.

O levantamento mostrou ainda que apenas 14% das entrevistadas disseram contar com sistema deste tipo em todas as suas unidades e 22% declararam contar com o sistema em apenas algumas unidades operacionais.

O estudo detectou que o uso de sprinklers é maior entre as multinacionais. 48% das empresas estrangeiras, com operações no país, ouvidas pelo levantamento, disseram ter sprinklers em suas operações. Entre as empresas nacionais, o índice é de 34%.

O porte também influi na aderência a este tipo de tecnologia. O índice de uso sprinklers em empresas com mais de 500 funcionários é de 45%. Entre empresas menores, com 250 a 499 funcionários, o percentual é de 28%.

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