Procura por proteção contra explosões em fábricas aumenta 30%

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Publicação da nova norma da ABNT faz empresas correrem atrás de projetos para adaptarem suas instalações

 

A recente NBR 16385, norma publicada em julho pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), está provocando uma corrida de fábricas por projetos para protegerem suas instalações contra explosões. A norma aborda a prevenção e proteção de instalações que manuseiam pós-combustíveis.

“Tivemos um aumento acima de 30% este ano na procura por projetos de prevenção e proteção de instalações contra explosões, sendo que o setor de agronegócios é um dos maiores interessados”, diz Flávio Cavalcante, gerente da divisão industrial para o Mercosul da Fike, empresa especializada na prevenção de incêndios, explosões e proteção de pessoas e ativos.

De acordo com o especialista, mesmo com a crise, as empresas têm investido na adequação de suas instalações para estarem de acordo com a NBR 16385. A corrida por proteção é motivada pelo aumento da fiscalização e conscientização por parte das autoridades e da precificação desse risco pelas seguradoras. “Apesar de não haver estatísticas oficiais sobre esse tipo de acidente no país, certamente entre cinco e dez fábricas sofrem explosões de grandes proporções com mortos e feridos todos os anos no Brasil”, afirma.

A NBR 16385 tem 130 páginas e engloba desde a definição sobre o que é uma explosão até a recomendação de equipamentos que devem ser utilizados para prevenir esse tipo de acidente, passando ainda por temas como requisitos de projeto, fórmulas para calcular dispositivos de explosões e exemplos de aplicações com boas práticas de engenharia que podem ser reproduzidas em outras instalações.

“O aumento na procura de proteção contra explosão e incêndio foi motivada pelas inúmeras catástrofes, como foi o caso da explosão de tanques na região portuária de Santos em abril. Os profissionais do setor devem acompanhar as novidades tecnológicas, as normas que entraram em vigor e as que serão publicadas em breve para se atualizarem nesta área tão sensível”, disse Sascha Pineda, presidente da Protego, multinacional especializada em produtos como corta-chamas, válvulas e acessórios para tanques.

As novas instalações que não se adequarem a NBR 16385 não vão conseguir a liberação para funcionar junto ao Corpo de Bombeiros. Além disso, quando uma planta sofre um acidente, é verificado se a mesma segue todas as normas ABNT aplicáveis e, quando isso não ocorre, a empresa pode ser responsabilizada na justiça.

Para debater as mudanças nas legislações, alternativas de soluções e novas técnicas para evitar explosões e conflagrações na indústria foi organizada, em Curitiba (PR), a 2ª Edição do “Seminário Técnico de Prevenção e Proteção Contra Explosão de Gases, Vapores e Pó”, evento que reuniu especialistas do país inteiro no dia 26 de outubro.

“Para evitar sinistros é importante que a empresa siga à risca as normas que estão em vigor e esteja equipada com tecnologias de ponta – só assim o incêndio será controlado e a explosão evitada, excluindo uma possível crise financeira, midiática e trabalhista”, afirma Cavalcante.

Além de ser um importante polo industrial, Curitiba recebeu recentemente novos parâmetros de segurança contra explosões e incêndios: foi revisada a Norma de Procedimento Técnico 27 (NPT 27), instrução paranaense que estimula a prevenção em silos e armazéns de produtos agrícolas. Esta nova medida foi revisada pelo Corpo de Bombeiros e tem como objetivo aumentar a segurança na indústria e prevenir sinistros.

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