Ouro Preto inicia série de ações de segurança contra incêndios

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Fonte: Em Dia

Primeira cidade brasileira a receber o título de patrimônio da humanidade (1980), Ouro Preto, na Região Central, dá a largada nas ações efetivas de combate a incêndios em igrejas, prédios públicos, casarões e outros monumentos dos séculos 18, 19 e início do 20. Ontem, começou no Centro Histórico e distritos uma operação pente-fino a fim de verificar se há autorização – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) – para funcionamento de estabelecimentos comerciais, realização de eventos e outros. Ao mesmo tempo, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos voltará as atenções para os hidrantes, adianta o secretário de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni Moreira. Segundo ele, as repúblicas de estudantes de Ouro Preto já contam com  o AVCB. O trabalho de fiscalização ocorre como consequência do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), que completa um mês hoje.

Na sexta-feira, o Ministério Público de Minas Gerais, tendo à frente o promotor de Justiça da comarca de Ouro Preto, Domingos Ventura de Miranda Júnior, formou uma força-tarefa para trabalhar na prevenção de incêndios no município, com participação de representantes da Arquidiocese de Mariana, à qual Ouro Preto está vinculado, Corpo de Bombeiros, Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Museu da Inconfidência/Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e prefeitura local. No foco, estão os 13 museus, que se dividem entre federais, estaduais, municipais, da Igreja ou particulares. O temor das autoridades é de que o fogo destrua tesouros como os do Museu Nacional, que pode ter perdido o fóssil de Luzia, considerada a primeira mulher do Brasil, descoberto em 1974 na Lapa Vermelha IV, em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“Ouro Preto vive uma situação de fragilidade. Como há muitas casas geminadas no Centro Histórico, o perigo de o fogo se alastrar e atingir museus e igrejas é imenso. Portanto, é necessária a união de esforços, um alinhamento na atuação das instituições e apresentação de projetos e cronograma de execução”, explicou o promotor de Justiça, após a reunião de mais de quatro horas. Um dos pontos destacados se refere aos hidrantes. “Esse é um ponto fundamental e é preciso melhorar a rede, identificando equipamentos que não funcionam e áreas descobertas”, disse Domingos, adiantando que são necessários aportes financeiros para evitar falhas e aumentar a frota de viaturas dos bombeiros e o prédio ocupado pelo batalhão, perto do Centro Histórico. As fontes poderão vir de compensações ambientais e de um fundo municipal.

Sobre o aniversário de um mês do incêndio no Rio, Domingos diz que, infelizmente, no Brasil se aprende com a tragédia. “O mais importante é que o processo burocrático não atrapalhe as ações de prevenção e combate”, disse. Logo após o incêndio, o governo de Minas, em parceria com outros órgãos e Corpo de Bombeiros, formou uma força-tarefa para fiscalizar os museus do estado. Em nota, os bombeiros informam que o serviço ainda está em execução na capital e no interior, pois o prazo é de 60 dias. “Ao final, teremos um levantamento real da situação dos museus em todo o estado”, diz a assessoria do comando.

 

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